É com esse "enxame" que começo a postagem de hoje. Afinal, não é todo dia que se junta duas feras mitológicas do nordeste num álbum só.
Confesso, sem exagero, que chorei de admiração e alegria antes de chegar ao meio do álbum. A beleza é insuperável. Há anos tenho mergulhado na cultura nacional. Nenhum carioca, mineiro, paulista, soteropolitano, enfim, ninguém mais me convence que o nordeste não traz a mais rica cultura do mundo.
O álbum foi rendimento do projeto pixinguinha, num show em 1978, mês de maio.
Invejinha de quem acompanhou.
Dizia Alceu ao jornal Cultura Democrática: "Jackson do Pandeiro pra mim é a mistura de todas as raízes da música nordestina, é coco, é embolada, é marcha e é samba também. É uma grande alquimia, exercitando-se em todas essas variantes."
Jackson também falava: "Alceu é um amigo, uma pessoa que vem fazendo muito pela música brasileira, só que renovando para furar o esquema, como o Gil fazia antes. Eu sigo no original e eles vão mudando para um outro tipo de acompanhamento".
A admiração mútua veio ajudar ao diretor Ginaldo de Souza nesse desafio de propor um roteiro que privilegiasse a interação da dobradinha, como na abertura do espetáculo, quando alternavam exemplares de seus repertórios, como Vou danado pra Catende (Alceu) e Forró em Limoeiro (Jackson).
O show é finalizado pela embolada-manifesto "Papagaio do futuro", de Alceu, os primeiros versos que Alceu e Jackson cantaram juntos, em 1972, quando Alceu convidou o ídolo para dividir a interpretação na última edição do Festival Internacional da Canção (da rede global).
O show passou por SP, RJ, Brasília, e ainda Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Belém.
Informações não confirmadas dizem que
Jackson está acompanhado do Conjunto Borborema. Severo (Acordeon); Cícero (Zabumba); Tinda (Triângulo) e Melquiades (Loza) no pandeiro. Os músicos de Alceu devem ser os mesmos do disco Espelho Cristalino: Paulo Rafael, Zé da Flauta, Ivinho, Israel Semente, etc.
Ouça, calango!
2 comentários:
Peeeeedra!!!
Esse é brasa mesmo!!!
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